Da Rocinha a Londres: o trabalho de brasileiros e brasileiras que ganham a vida sobre duas rodas
05/02/2025
O Profissão Repórter desta terça-feira (4) percorreu diferentes cenários, do Brasil à Europa, para registrar os desafios e a realidade de mototaxistas e entregadores. Edição de 04/02/2025
O Profissão Repórter estreou a temporada 2025 nesta terça-feira (4) mostrando a rotina de homens e mulheres que trabalham sobre duas rodas. A equipe percorreu diferentes cenários, do Brasil à Europa, para registrar os desafios e a realidade de mototaxistas e entregadores. Saiba mais abaixo.
O mototáxi como meio de vida na Rocinha
Caco Barcellos acompanha o trabalho dos mototaxistas na Rocinha
Na Rocinha, maior favela do Brasil, no Rio de Janeiro, Caco Barcellos acompanhou o trabalho dos mototaxistas que sobem e descem o morro 24 horas por dia. Na garupa, moradores, turistas e visitantes circulam pelas vielas e aproveitam para ter uma vista privilegiada da cidade. Veja no vídeo acima.
O serviço de transporte de passageiros por moto funciona legalmente no Rio de Janeiro desde 2016. Atualmente, cerca de 800 mototaxistas são cadastrados pela associação de moradores e se concentram em pontos estratégicos espalhados pela comunidade.
Cristiano Francisco de Souza, que atua há 20 anos no ramo, enfrenta sol e chuva, mas não para de fazer corridas.
"Sou pai de quatro filhos. O sustento veio da moto. Vou até quando Deus me permitir e me der resistência para seguir, transpirando e levando esses moradores", afirma Cristiano.
Cristiano Francisco de Souza atua há 20 anos como mototaxista na Rocinha
Reprodução/TV Globo
Londres: brasileiras no delivery
Motogirls em Londres: brasileiras montam rede de entregadoras e compartilham experiências
Em Londres, a reportagem conheceu brasileiras que prestam serviço de entrega. Uma delas é Natasha Mendes, que compartilha diariamente para mais de 20 mil pessoas na internet como é a vida sendo motogirl na capital britânica.
"Gosto de fazer vídeo e de trabalhar com delivery. Então, juntei as duas coisas e comecei a mostrar meu dia a dia. Quase não tinha mulher nesse serviço, ai elas ficavam doidas querendo vir, e aí veio uma enxurrada de menina perguntando para mim como é trabalhar na moto, como que fazia e tal”, conta Natasha.
Natasha Mendes compartilha diariamente na internet como é a vida sendo motogirl em Londres
Reprodução/TV Globo
Hoje, mais de 500 brasileiras participam do grupo criado por Natasha para trocar experiências sobre o trabalho. Entre elas está Sheyla Martins, de 45 anos, que saiu de Goiás há dois anos.
"Foi por necessidade, família, filhos", afirma Sheyla.
Motogirls em Londres: brasileiras montam rede de entregadoras e compartilham experiências
Reprodução/TV Globo
Os desafios pelas ruas de SP
Os desafios de quem ganha a vida com transporte de passageiros pelas ruas da Grande SP
Leonardo Aranda Rocha, de 26 anos, trabalhava com entregas, mas há quatro meses passou a transportar passageiros em cidades na Grande São Paulo. Em janeiro, com a chegada dos aplicativos à capital, viu a chance de aumentar as corridas, mas, no dia 27 de janeiro, a Justiça suspendeu o serviço na cidade, e os aplicativos interromperam as operações. Agora, Leonardo segue rodando em municípios vizinhos, onde a atividade ainda é autorizada.
"Antes, eu trabalhava no Ifood, hoje em dia é na 99. Por hora, eles estão liberando São Paulo em algumas regiões, e eu aproveitei para fazer o transporte de passageiros em São Paulo também", conta.
Os desafios de quem ganha a vida com transporte de passageiros pelas ruas da Grande SP
Reprodução/TV Globo
A reportagem acompanhou o motociclista em um dia de trabalho. Foram mais de 12 horas pilotando e Leonardo já sente os impactos da rotina.
"Tudo quanto é canto tem buraqueira. Vou ter que pagar até um quiropraxista para resolver minha coluna", brinca.
Ao fim do dia, ele completou 30 corridas, rodou mais de 300 km e gastou R$ 50 em combustível. O saldo da jornada foi de R$ 365.
Os desafios de quem ganha a vida com transporte de passageiros pelas ruas da Grande SP
Reprodução/TV Globo
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