Caso Isis: TJ-PR diz que há provas do crime, nega recurso e mantém júri popular de réu pelo desaparecimento de adolescente grávida no Paraná

  • 06/06/2025
(Foto: Reprodução)
Desaparecimento de Isis Victoria Mizerski completa um ano nesta sexta (6). Em dezembro, juiz decidiu submeter Marcos Vagner de Souza, acusado de matá-la, a júri popular. Defesa dele recorreu e recurso foi negado nesta terça (3). Réu alega inocência. Caso Isis: Adolescente grávida desaparecida no Paraná A Justiça negou o recurso da defesa de Marcos Vagner de Souza que contestava a decisão de submetê-lo a júri popular. A deliberação foi oficializada pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), mas ainda pode ser questionada em última instância. O g1 teve acesso ao documento, que afirma que "há prova da materialidade dos crimes imputados a Marcos" e que há "sérios indicativos do envolvimento de Marcos na morte de Isis". ✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp ✅ Siga o canal do g1 PR no Telegram Moradora de Tibagi, nos Campos Gerais do Paraná, Isis Victoria Mizerski, tinha 17 anos e estava grávida quando sumiu no dia 6 de junho de 2024, após sair para encontrar Marcos, apontado como pai do bebê. Apesar de o corpo dela nunca ter sido encontrado, a Polícia Civil concluiu o caso afirmando que ela foi assassinada. Marcos está preso preventivamente desde a época do desaparecimento, e alega inocência. Veja detalhes e a cronologia do caso A decisão do TJ-PR em manter o júri popular para o réu foi unânime entre os desembargadores Gamaliel Seme Scaff, Telmo Cherem e Miguel Kfouri Neto. No documento, Cherem, que foi o relator, avalia que a narrativa da denúncia do Ministério Público é plausível e que, ao decorrer do processo, o réu "caiu em contradição por inúmeras vezes". No texto, o relator também destacou que as provas reunidas na investigação e ao decorrer do processo são suficientes para encaminhar o caso ao Tribunal do Júri - responsável por julgar crimes dolosos contra a vida. "Tais elementos, como se vê, fornecem credibilidade bastante à acusação dirigida contra Marcos, permitindo-se, assim, sua remessa a julgamento pelo Conselho de Sentença, competente para examinar os fatos, valorar as provas, apreciar a idoneidade das teses de defesa e solver o mérito da imputação", aponta o desembargador. Ao g1, o advogado de defesa de Marcos, Renato Tauille, disse que ainda não foi intimado formalmente da deliberação e aguarda a notificação para analisar os próximos passos do processo. Caso Isis na Justiça Marcos Vagner de Souza e Isis Victória Mizerski Reprodução A investigação policial sobre o caso foi finalizada no começo de agosto de 2024, e no mesmo mês Marcos se tornou réu na Justiça. Ele responde por homicídio triplamente qualificado (por feminicídio, dissimulação e motivo torpe), ocultação de cadáver e aborto provocado sem o consentimento da gestante, tendo os crimes no âmbito da violência doméstica. Assassinato sem corpo: Especialistas explicam como Justiça trata desaparecimento de adolescente grávida no Paraná como homicídio No início de dezembro, após ouvir 17 testemunhas e o próprio réu, o juiz João Batista Spanier Neto, de Tibagi, decidiu que Marcos vai a júri popular. No documento, o juiz afirmou que os depoimentos "fazem referência de que o acusado seja o autor dos delitos" e que as imagens das câmeras de segurança, extratos de conversas e outras provas anexadas ao processo "indicam a presença de indícios da existência do crime, além de indícios de materialidade e autoria por parte do acusado". A defesa do réu recorreu da decisão no início do ano e, nesta terça-feira (3), o recurso foi recusado na segunda instância do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR). Ainda cabe recurso em outra instância, mas a expectativa de Cláudio Dalledone Júnior, advogado que representa a família de Isis, é que o julgamento aconteça até o final deste ano. O g1 questionou o TJ-PR sobre o andamento do processo, mas o Tribunal informou que, como o processo está em sigilo, não é possível passar informações a respeito do caso. Desde que foi preso, em junho de 2024, o acusado nega que teve envolvimento em qualquer crime. Ele assume que se encontrou com a jovem e saiu com ela de carro no dia em que ela sumiu, mas afirma que a deixou na cidade. Vídeos mais assistidos do g1 PR: e Leia mais notícias da região em g1 Campos Gerais e Sul

FONTE: https://g1.globo.com/pr/campos-gerais-sul/noticia/2025/06/06/caso-isis-tj-pr-diz-que-ha-provas-do-crime-nega-recurso-e-mantem-juri-popular-de-reu-pelo-desaparecimento-de-adolescente-gravida-no-parana.ghtml


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